terça-feira, 29 de julho de 2008

Das baratas...

"Ora, diante de tudo isto, o que diz a SAD do Porto? Que o mesmo professor Freitas do Amaral que antes de divulgar o parecer era o supra-sumo do direito administrativo se transformou subitamente numa figura sem credibilidade. Que o parecer é, afinal, uma mera "consulta". E que ainda por cima ele comete o pecado mortal de atribuir "toda a razão a apenas um dos lados", em vez de "encontrar uma solução equilibrada e justa". Ou seja, para a SAD do Porto, o parecer de Freitas do Amaral peca por excesso de clareza - de forma imperdoável, ele disse que o preto era preto e o branco, branco. Habituada a mover-se em águas turvas, esta gente dá-se mal com a nitidez, e tem saudades das decisões salomónicas que agradavam a gregos e a troianos. O velho mundo de futebol é como as baratas: especialista em ziguezagues e muito difícil de matar. Mas quando a carapaça estala... ui, que prazer que dá ouvir aquele crrrack."

João Miguel Tavares no DN

domingo, 27 de julho de 2008

Muito Bom!!

E ainda acredita na luta de classes?

A luta de classes é uma coisa que hoje vejo de um ponto de vista analítico, e se me disser que eu penso que a conflitualidade social é inapagável das sociedades democráticas, eu penso, sim. Porque há sempre mecanismos de exclusão, quem seja mais pobre e quem tenha mais e quem tenha menos. Não é preciso ser marxista para se o afirmar.Então Marx não estava tão errado assim!Esses autores trazem uma ganga tão grande de política e de simplismos que é sempre difícil falar sobre eles. Marx desvalorizou a conflitualidade que vem de factores de mentalidade e culturais, que é o pano de fundo das sociedades democráticas e elas não a eliminaram, antes dão-lhe um enquadramento institucional que faz com que a conflitualidade, sem deixar de existir, perca aquele aspecto de luta de classes.

Acha que Portugal tem mais a ganhar com a direita ou com a esquerda?

Tenho muita dificuldade em considerar essa classificação útil nos dias de hoje. Eu acho que há uma transversalidade de muitas questões e um grau de complexidade na vida política que faz com que o quadro esquerda e direita esteja ultrapassado. Eu próprio tenho muitas ideias que são de esquerda e muitas ideias que são de direita e não acho que sejam conflituais. Tenho uma noção muito elitista da cultura que tradicionalmente é da direita. Tenho uma visão dos costumes que me aproxima mais de uma tradição que vem da esquerda. Portanto, prefiro não dizer o que é melhor, se é a direita se é a esquerda, mas tentar discutir o que é melhor em termos substantivos.

terça-feira, 22 de julho de 2008

... quando um gajo le isto a 9 horas de apanhar o aviao para Kabul...


"...Fyi, there are large and increasingly violent demonstrations in Kabul today, prompting UN Security to declare ‘White City’ about an hour ago, meaning staff and consultants, whether national or international, are to stay at home and avoid movement unless extremely necessary. AFRM is closed except for security personnel and guards who are monitoring the situation. We hope the situation improves by this afternoon. If not, please be advised it will be necessary to suspend all missions to Afghanistan until the situation improves. Regards -- Craig..."


quinta-feira, 17 de julho de 2008

Isto tem piada

via Arrastão

terça-feira, 15 de julho de 2008

Recebido por email

Uma nova Europa


Se bem entendi, este senhor considera que Iraque, Afeganistão, Sudão e Somália é deviam fazer parte da tourneé europeia de Barack Obama. Só não se percebe bem o que fazem os Balcãs neste lote de nações do velho continente.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Num futuro próximo

Erros antigos, novas virtudes


Ou como McCain ainda não entedeu:

Mccain pediu à comunidade internacional para agir e impedir as “ambições perigosas do Irão”, acrescentando de seguida que estes testes “demonstram que é preciso um sistema de defesa eficaz, e isso implica a construção das bases de defesa anti-míssil, como as que estão planeadas para Republica Checa e Polónia”. Mccain também sustentou que é preciso trabalhar com os aliados europeus e da região para deter a ameaça iraniana.
o que Obama já entendeu há muito tempo:

Barack Obama defendeu uma “política que faça os iranianos mudar de posição”, voltando a abordar uma diplomacia directa com o Irão, algo que a Administração Bush se tem recusado a fazer com os estados inimigos. Obama também salvaguardou que apoia os incentivos que contribuam para o Irão de desistir dos seus objectivos nucleares. Obama já disse que tudo fará para impedir que o Irão obtenha armas nucleares, mas também defende uma abordagem directa aos adversários da América, nomeadamente encontrar-se com os seus líderes sem pré-condições. Esta posição tem vindo a ser “suavizada” durante a campanha, pois foi alvo de muitas criticas por parte de republicanos e mesmo de muitos democratas. A própria Hillary Clinton e Joe Biden fizeram-no durante alguns debates democratas.

Independentemente de se concordar mais com um ou mais com o outro, é inegável que o discurso de McCain é idêntico àquele que já conhecemos dos últimos anos e que tem conduzido exactamente a... coisa nenhuma.

Isto não impede que reconheçamos que há de uma parte questões que não se podem esquecer e da outra aquilo que, provavelmente, nunca foi tentado.

Não é uma questão de conteúdo, é uma questão de estilo!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

A Substância da vida

Isto foi feio, deselegante e desajustado. Além disso foi pretensioso, porque reclama para si um tipo de humor que não tem sustento no autor (nao é o maradona quem quer...)

Conheça-se ou não a Laurinda Alves, goste-se ou não da Laurinda Alves, o seu blogue tem tudo de original, generoso e arejado. Um verdadeiro blogue que é a cara de quem lhe dá alma.

A pluralidade não justifica tudo. E a liberdade, obriga sempre à responsabilidade, como muito bem lembrou o PPM, com a inteligência que lhe é característica, na intervenção que fez em defesa do Atlântico e da Laurinda.

Também por isto, mas sobretudo pelo mérito que lhe reconheçemos e pelo gozo com que o lemos, deixamos "A Substância da vida" nos blogues em destaque.

Hoje, às 19h30, na FNAC Chiado

A questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo transformou-se num tópico importante da discussão política em todo o mundo, de que são exemplos mais recentes a decisão do Supremo Tribunal da Califórnia de Maio/2008, ou a lei norueguesa de Junho/2008. Em Portugal, aguarda-se pela decisão do Tribunal Constitucional sobre este tema e estão pendentes na Assembleia da República projectos de lei sobre a matéria. O presente livro aborda de uma forma séria e plural a questão, numa perspectiva filosófica, política e jurídica. Os autores, dois prestigiados juristas, têm posições opostas, mas isso não lhes retira a capacidade de dialogar: trata-se de um debate vivo, mas leal, de uma forma que é rara em Portugal, entre posições políticas fortemente contrastadas.


Este livro tem duas capas e nenhuma contracapa, tem duas paginações, e as
páginas de cada um dos lados estão na posição inversa das do lado oposto. Também são assim as opiniões dos autores sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. No que os autores estão de acordo é em que as divergências políticas, morais ou jurídicas devem ser discutidas e devem tentar ser resolvidas com argumentos. E mesmo que os argumentos avançados por cada uma das partes na contenda não consigam convencer a outra, servirão sempre, julgamos nós, para pôr a descoberto as diferenças que não possam ser superadas e com que temos de viver ou que exigem novos argumentos.
Com este livro, queremos dar um contributo para a discussão em Portugal da admissibilidade ou não do casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas queremos também mostrar que a divergência radical de opiniões não impede um trabalho produtivo em conjunto, antes pelo contrário.


Os Autores

Pedro Múrias (n. 1970) é bolseiro da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e doutorando da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, por onde é licenciado e mestre, e onde foi assistente em disciplinas de direito civil e introdução ao direito. Trabalhou como jurisconsulto, árbitro e consultor de advogados em casos de direito civil. Entre as suas publicações contam-se Por uma Distribuição Fundamentada do Ónus da Prova (2000), Exercícios de Introdução ao Estudo do Direito (2001 e reimpressões), vários artigos de teoria das obrigações civis e do seu incumprimento, e o sítio na Internet, destinado a alunos, Múrias Jurídico.

Miguel Nogueira de Brito (n. 1965) é advogado e professor auxiliar na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, por onde é licenciado, mestre e doutor. Exerce a sua actividade predominantemente no direito público. Foi assessor no Tribunal Constitucional. Entre as suas publicações contam-se os livros A Constituição Constituinte. Ensaio sobre o Poder de Revisão da Constituição (2000) e A Justificação da Propriedade Privada numa Democracia Constitucional (2008), além de vários artigos sobretudo nas áreas do direito constitucional e da filosofia política.


ISBN: 978-989-95037-3-1 Preço c/IVA: 13,90€
ENTRELINHAS
entrelinhas.editora@gmail.com
93 6237058

Distribuição SODILIVROS:
comercial@sodilivros.pt

terça-feira, 8 de julho de 2008

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Cartel no preço dos combustíveis?

"Ora, talvez os comportamentos paralelos, verificados nos últimos meses, possam ser explicados pelas condições estruturais do mercado português: níveis elevados de concentração, produto homogéneo, reduzida elasticidade da procura a variações de preços, estrutura de custos semelhante, fácil monitorização de preços. Recordo que a Lei da Concorrência não proíbe que os operadores se adaptem de modo inteligente (desde que unilateral) às características do mercado. A Teoria dos Jogos ajuda a explicar, por certo, certos comportamentos no mercado nacional (oligopolista) de combustíveis. Perante isto, deve o Governo intervir no mercado?

Tal como refere o Relatório OCDE de Junho/08 (www.oecd.org), o ambiente concorrencial em muitos sectores da economia portuguesa continua fraco, destacando-se os sectores que fornecem infra-estruturas a toda a economia onde são necessários mais esforços para fortalecer a concorrência, contribuindo para melhorar a competitividade das empresas portuguesas. A Autoridade da Concorrência avançou com algumas medidas (aumentar o número de “postos” nos supermercados e melhor informação aos consumidores) que são positivas mas de reduzido impacto. Não consigo vislumbrar a legitimidade jurídica e regulatória para uma intervenção mais radical: separação das actividades de refinação, distribuição e venda de combustíveis concentradas na Galp Energia (onde o Estado mantém uma ‘golden share’).

O problema é mais económico do que concorrencial. Só existem soluções de longo prazo: consumir menos petróleo e procurar alternativas energéticas. Tudo o resto é cavalgar a onda populista do choque petrolífero."

Paulo Marcelo no Diário Económico (Ler tudo)

Hélio-cóptero


História concisa dos últimos 20 anos do futebol português

"Gonçalves Pereira tentou pressionar os conselheiros no sentido de obter uma tese de vencimento favorável ao FC Porto e ao Boavista"
João Abreu, conselheiro que o presidente do CJ tentou impedir de se pronunciar na reunião de sexta-feira sobre os recursos apresentados pelo presidente do FC Porto, Pinto da Costa, no âmbito do processo Apito Final.
Via "Público"

sábado, 5 de julho de 2008

Fascinante...

Verdadeiramente fascinante como, uma vez a seguir aa outra, a malta comete o erro de falar de economia (mesmo que disfarcadamente) recorrendo a metaaforas irreais sem perceber a probabilidade altiissima de disparar ao lado... o que interessa ee mesmo opinar, e bater neste ceguinho (saco de pancada de estimacao da blogosfera - o Sr. Lino - que eu tambeem jaa tive o prazer de experimentar muitas vezes)... alguns participantes desta blogosfera nem percebem porque estao tao obcecados em criticar qualquer decisao de despesa puublica... fazem-no simplesmente, pronto!

Podia-se criticar a bondade destes investimentos, dizendo que neste caso concreto, estas obras puublicas (TGV?) pouco adicionarao aa capacidade produtiva desta economia plantada junto ao atlantico, ou as anaalises tradicionais de custo-benefiicio falham para projectos tao grandes... a malta envolvia-se na discussao, e o tempo passava deixando um gosto de realizacao... a malta podia mesmo alertar que nesta altura os efeitos macroeconoomicos destes investimentos (atravees da pressao de precos oriunda dos sectores NAO transaccionaaveis) nao ajudariam nada o sector dos transaccionaaveis; isto apesar dos estudos recentes (WP864) sobre o passado mostrarem o seguinte:

"...by estimating VARs for 14 European Union countries, plus Canada, Japan and the United States, we estimated that, between 1960 and 2005: (i) public investment had a contractionary effect on output in five cases (Belgium, Ireland, Canada, the United Kingdom and the Netherlands) with positive public investment impulses leading to a decline in private investment (crowding-out); (ii) on the other hand, expansionary effects and crowding-in prevailed in eight cases (Austria, Germany, Denmark, Finland, Greece, Portugal, Spain and Sweden)..."

Mas enfim... metaaforas, e imagem de um contribuinte coitadinho que paga sem receber benefiicios... o graafico acima quase, quase que diz que o contribuinte em Portugal tem no passado pago as despesas de investimento, mas tambeem tem recebido os benefiicios... quase que diz isso... muito estranha esta blogosfera... mas nao ee soo a blogosfera, reparem que atee investigadores em biotecnologia usam metaaforas para falar de economia (este merece um post adicional, um dia destes) em jornais de grande tiragem...

Enfim, querem mais uso de metaaforas? Olhem esta: "...apostar nas Obras Públicas só porque Bruxelas paga uma parte é como ir aos saldos e comprar sem critério..."

BEM VINDO IMODIUM!!!

(os prooximos posts teem que ser mesmo "witty and sharp" se faz favor, que essa casa criou tradicao de excelencia)

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Meemix



O Pandora é um sistema neural de "internet rádio" que vai construindo e aperfeiçoando a oferta musical a partir de uma música ou artista que seja escolhido inicialmente e das impressões que vamos fazendo das músicas sugeridas em sequência.

Mas o Pandora está fechado para Portugal há já algum tempo e, desde então, as minhas noites ficaram muito mais solitárias. Felizmente descobri, através do blogue do Tiago Dória, que agora existe o Meemix que mantém as mesmas características e oferece ainda um modo de vídeo e outro de jogos.

Escrevi este post a testar o Meemix pela 1ª vez e, até agora, não me posso queixar da companhia.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Isto começa bem

Ainda agora arrancámos e já temos encomendas!

Pede-me um portista que eu destaque esta notícia como prova de que ainda há esperança na justiça Portuguesa.

Vontade lhe seja feita...

Neste dia

Comemora-se o nascimento do Sporting! Uma excelente notícia para todos os adeptos do futebol, excepto para os próprios sportinguistas...
(Já que abri com esta, compenso já a seguir)

O Benfica comemora a efeméride dando a um sportinguista uma última hipótese de ser feliz (mesmo comprometendo ainda mais a pouca felicidade dos benfiquistas) .


O Iva desceu 1% mas eu ainda não dei por isso. Aliás, à excepção disto, o país inteiro parece um enorme ginásio e não sei como a ASAE vai dar conta do recado...


Esta senhora faz anos...



... e este senhor também.




O Padrinho morreu há 4 anos. Um dos maiores actores de todos os tempos e cujo nome foi imortalizado por este outro.

Um novo blogue


Não vou tecer muitas considerações sobre este novo blogue. O Farmácia deixou-nos saudades de escrever com regularidade sobre aquilo que lemos e ouvimos. Por isso pusémos mãos à obra, não por um projecto separatista, mas por um primeiro passo para uma futura fusão.

Nas coisas do coração o tempo é bom conselheiro e este é um pequeno passo para o contraír.

Sejam bem-vindos os nossos consumidores!

PS - Uma nota sobre a formatação do blogue: usamos o fuso horário de Manila em solidariedade com o nosso colega João Pedro.

"os nossos brandos costumes sao um perigo para a nossa economia"

Estava a ouvir esta entrevista do Silva Lopes (http://www.ena.lu/), e de repente, a propoosito do crescimento econoomico portugues (ou falta dele), pode-se ouvir que as coisas correram muito bem atee 2001, mas que a partir de 2001, por culpa "dos nossos brandos costumes" tudo tem corrido muito mal...

Atee tenho medo de estar a interpretar mal o senhor, que muito admiro, e estou com certeza, mas ee isso mesmo que se ouve... (uns minutos depois, Silva Lopes confirma os problemas na taxa de cambio real que estao por detraas do abrandamento)

Mas confesso que esta conversa da "cultura portuguesa" para explicar (ou pelo menos, para iniciar explicacoes) as nossas maleitas jaa me irrita, de repente, ee como se atee 2001, tiveessemos todos sido alemaes...

Santa Engraacia...